Segurança

Fujama alerta quanto a atropelamentos de animais silvestres

Somente este ano equipes da fundação já recolheram 10 espécimes que perderam a vida em rodovias que cortam o Município

26 AGO 2021 • POR Janici Demetrio • 17h49
graxaim - Divulgação

Uma fêmea de cachorro-do-mato ou graxaim foi a última vítima a entrar na estatística de animais silvestres mortos atropelados no Município de Jaraguá do Sul. Segundo informações da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) somente neste ano, técnicos recolheram 10 animais que morreram em rodovias que cortam a cidade. A graxaim, por exemplo, foi encontrada já sem vida às margens da Rodovia SC 110 no bairro Rio Cerro, próximo aos limites com Pomerode.

Segundo o biólogo da Fujama, Christian Raboch, Jaraguá do Sul tem praticamente 40% do seu território com cobertura vegetal.

“Isso faz que nossas cidade seja rica em biodiversidade tanto de plantas como animais. E esses animais acabam eventualmente atravessando as ruas seja na busca de alimentos ou para encontrar um parceiro para se reproduzir. Por isso, é importante que as pessoas respeitem os limites de velocidade, as sinalizações de que há animais que atravessam a via, para tentar prevenir o acidentes e também preservar a fauna”, observou.

Além do cachorro-do-mato outras ocorrências envolvendo espécimes como gato-do-mato pequeno, tatu, corujas e gambás foram atendidas pela Fujama desde o início deste ano. Infelizmente, nestes casos normalmente os animais são encontrados muito feridos, já agonizando, ou até mesmo morto.

“Normalmente, quando isso ocorre alguns destes espécimes são recolhidos e encaminhados para taxidermia e depois passam a fazer parte da nossa exposição de bichos utilizadas nas aulas de Educação Ambiental sobre a fauna local” aponta o biólogo.

Dados nacionais – Estatísticas de órgãos como Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) e Ministério de Meio Ambiente do Governo Federal indicam que no Brasil morrem, em média, 475 milhões animais silvestres nas rodovias todos os anos.

“É muito animal sendo atropelado. É mais um motivo para redobrarmos a atenção ao volante principalmente quando estivermos passando por áreas próximas onde há travessia de fauna”, argumentou Christian Raboch.