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No Dia Internacional do Bombeiro, comandante Vincenzi fala sobre o trabalho dos voluntários

Um dos eventos de maior repercussão na cidade foram os deslizamentos e alagamentos registrados em 2008

4 MAI 2021 • POR Gabriel Junior • 16h57

Nesta terça-feira (4) é celebrado o Dia Internacional do Bombeiro, por ser o dia do padroeiro da profissão, São Floriano - oficial romano que criou um grupo em sua Legião especializado em combater incêndios.

Para celebrar a data, a Rádio Jaraguá recorda importantes momentos vividos pela corporação jaraguaense, lembrados pelo comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Jaraguá do Sul, Neilor Vincenzi.  Um dos eventos de maior repercussão na cidade foram os deslizamentos e alagamentos registrados em 2008. Na época, 13 pessoas morreram soterradas em diferentes pontos município e uma morreu afogada. O comandante diz que neste dia cumpria plantão das 7h às 19h, mas acabou ficando um pouco mais devido à chuva.

“De madrugada aconteceu então essa tragédia. São situações que marcaram e dificilmente a gente consegue apagar porque a gente acaba, em muitos momentos, lembrando, até fazendo comparativos com outras ocorrências”, revela.

Neilor comenta que ao chegar no local, por volta da 1h30, já havia uma guarnição que identificou uma vítima com vida. A partir daí, todos os esforços se concentraram em resgatá-la.

“Foi a primeira ocorrência de grande vulto, que demandou um tempo grande [de trabalho], com o revezamento de muitos voluntários e aproveito para parabenizar a todos, os que estiveram lá e os que estão aqui na entidade hoje pelo trabalho, que não tem dia e não tem hora, tempo bom ou tempo ruim”, ressalta.

Naquela mesma situação de 2008, recebeu a missão de ir para Ilhota, onde muitas vidas foram perdidas e diversas pessoas precisavam de ajuda. Uma equipe composta por 4 pessoas ficou 2 dias no município e algumas cenas, conta o comandante, ficaram gravadas na memória dos bombeiros.

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Em 2010, bombeiros jaraguaenses participaram da missão da unidade arcanjo de Indaial para ir ao Haiti, por causa do terremoto que arrasou o país. Neilor diz que era um cenário bastante triste pelas vidas perdidas e estranho à realidade vivida em Jaraguá do Sul.

“Não tínhamos experiência em terremoto, não sabíamos se poderia acontecer uma réplica, não havia tanta informação como temos hoje”, recorda.

De lá para cá, a forma para se preparar para esse tipo de ocorrências mudou.

“Hoje estamos treinando muito mais áreas do que treinava quando entrei nos bombeiros há 18 anos. Não temos tanta experiência, mas temos muito conhecimento. Tive oportunidade de ir para o Texas fazer curso, para o Chile, Argentina, Paraguai, então, a gente acabou adquirindo bastante conhecimento. Estamos preparados, se tiver alguma situação a gente consegue dar uma resposta muito melhor do que 20 anos atrás”, garante.

A corporação costuma ser procurada por bombeiros de outros estados, que vêm a Jaraguá do Sul verificar a estrutura e treinamentos executados.