Política

Projeto pretende criar Regime Especial de Contratação de Mulheres Vítimas de Violência Domésticas

A redação do PL determina que o SINE de Jaraguá do Sul destine 10% das vagas mensais do mercado de trabalho para encaminhar mulheres do Regime Especial às entrevistas de emprego em Jaraguá

16 ABR 2021 • POR Janici Demetrio • 13h30

Os vereadores de Jaraguá do Sul aprovaram, em 1a votação, nesta quinta-feira (15), o projeto de lei nº 65/2021 de autoria da vereadora Nina Santin Camello (PP) que pretende viabilizar a inserção de mulheres vítimas de violência doméstica no mercado de trabalho com mais agilidade. A proposta cria o Regime Especial de Contratação de Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e tem o objetivo de estimular a contratação de mulheres que estão em situação de vulnerabilidade social e econômica. 

A vereadora adverte que ainda há muitas mulheres que são totalmente dependentes financeiramente do companheiro. E que é por conta dessa dependência econômica que elas acabam se sujeitando às agressões domésticas, sem conseguir romper com esse ciclo e mudar suas vidas. 

A redação do PL determina que o SINE (Sistema Nacional de Emprego) de Jaraguá do Sul destine 10% das vagas mensais do mercado de trabalho para encaminhar mulheres do Regime Especial às entrevistas de emprego. 

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De acordo com o projeto, a mulher deve registrar boletim de ocorrência e depois dirigir-se ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), com os documentos especificados na lei, que fará o acolhimento e acompanhamento da situação. 

Todo o processo será feito em sigilo, portanto, as empresas não saberão se as candidatas são ou não são vítimas de violência doméstica.  

Segundo Nina, é baixo número de mulheres desempregadas que formaliza denúncia junto às autoridades policiais competentes. Para ela, isso mostra a relação direta com a dependência econômica do parceiro, já que a mulher, sem trabalho formal, não reúne força para ruptura do estado de violência e condição financeira para recomeçar. 

“A mulher não aguenta mais conviver com o agressor, mas, ao mesmo tempo, não tem condições financeiras de se sustentar, sem depender do parceiro”, alerta Nina.