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Fujama volta a registrar novo recorde de resgate de animais

Mês de março registrou um aumento de ocorrências de mais de 352% em relação ao mesmo mês em 2020

6 ABR 2021 • POR Janici Demetrio • 18h07

A Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) já havia noticiado, no último mês, que o número de animais silvestres resgatados em área urbana havia aumentado significativamente. Com o fechado dos números de março esta tendência ficou ainda mais evidente. Para se ter uma ideia em março do ano passado foram resgatados 19 espécimes. No último mês este número saltou para 86 resgates, um aumento de 352,6%.

“É um conjunto de fatores que pode estar causando este aumento: clima, covid (mais pessoas em casa), perda de habitat e o conhecimento do programa de resgate de fauna pela população”, observou Christian Raboch.

Cobras e lagartos, literalmente, lideram o ranking de espécimes silvestres que são resgatados pela equipe de biólogos da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) no Município. Ao lado de mamíferos como gambás, tamanduás e aves como corujas, os répteis são maioria entre os animais resgatados em zonas residenciais de Jaraguá do Sul.

O coordenador do Programa Resgate de Fauna da Fujama, o biólogo Christian Lempek Raboch, costuma enfatizar em suas palestras de Educação Ambiental que a tendência é de aumento de ocorrências envolvendo animais silvestres em áreas urbanas. Em 2020, ao longo de todo ano foram resgatadas 441 espécies, número bem superior ao registrado em 2019: 265 ocorrência, uma elevação superior a 66%.

Durante o verão ocorrências com serpentes predominam no trabalho diário das equipes da Fujama. Representam 70% dos atendimentos Segundo o biólogo com a chegada de estações mais frias, a tendência que ocorrências envolvendo este tipo de animal caia ao longo do ano até a chegada da primavera.

“Como são animais de sangue frio, os répteis costumam ficar entocados durante as estações mais frias só saindo de suas tocas quando a temperatura volta a subir, como ocorre partir de setembro, normalmente”, explicou o biólogo da Fujama.

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