Obra de prevenção na ponte do trabalhador na etapa final

A previsão é que os trabalhos estejam concluídos até a próxima quarta-feira (31)

A Prefeitura de Jaraguá do Sul, por meio da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, dá continuidade às obras preventivas sobre a Ponte Antônio Ribeiro, conhecida como Ponte do Trabalhador, e que liga os bairros Vila Lalau e Ilha da Figueira. De acordo com o secretário de Obras, Otoniel da Silva, a chuva dos últimos dias atrapalhou os trabalhos na ponte e a previsão é que os trabalhos estejam concluídos até a próxima quarta-feira (31).

Até o fim da manhã desta sexta-feira (26), se o tempo permitir, está programado a concretagem do terceiro e último berço de aproximação e, enquanto isso, as outras duas juntas estão sendo desformadas e minuciosamente limpas e preparadas para receber a aplicação da resina polimérica na execução dos lábios das juntas. As chuvas dos últimos dias causaram um atraso nos trabalhos.

O engenheiro civil Nilton Fazolo Junior, da Diretoria de Urbanismo da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, explica que a estrutura de uma ponte convencional como esta, é formada por lajes, vigas, pilares e fundação.

“As juntas de dilatação fazem a separação física entre as peças estruturais muito próximas. Com o passar do tempo, as juntas precisam ser substituídas, pois são elementos importantes que, se não existissem, as estruturas poderiam não suportar o movimento e criar rachaduras comprometendo sua segurança, estabilidade e durabilidade da ponte”, explica.

No caso da Ponte Antônio Ribeiro, que teve sua construção concluída em 1987, e portanto é uma balzaquiana de 34 anos, as juntas já estavam muito deterioradas e com sua função prejudicada, causando desconforto aos motoristas e pequenas infiltrações.

“Se não fosse feito o reparo, a pressão dos elementos da estrutura poderiam gerar trincas no concreto e diminuir a vida útil da ponte”, completa.

OS COMPONENTES

De maneira simples, podemos definir as juntas de dilatação são componentes que ajudam a reduzir o grande número de esforços gerados pela ação das cargas pesadas durante a movimentação dos veículos e também proporciona um espaço para dilatação e contração da estrutura, provocadas pela variação de temperatura ao longo do dia, que no caso da ponte do trabalhador, cada junta apresenta entorno de cinco centímetros pela manhã e reduz para um centímetro na parte quente da tarde.

As juntas de dilatação sofrem ações de esforços que influenciam suas imediações, e assim, é necessário fazer reforço no seu entorno para que seja mantida a integridade da junta, por isso é composta de três elementos: berço de concreto, lábios poliméricos e o selante elastomérico.

A função principal do berço de aproximação/apoio é suportar esses esforços e atritos gerados sobre esta área de influência e dessa forma manter a longevidade do sistema perfil, lábios e berço. O berço é composto por armaduras de fretagem e concreto autoadensável de alta resistência.

O lábio polimérico tem a função de reforçar as quinas do berço de concreto, que, sem este elemento, sofreriam desgaste devido ao intenso tráfego e solicitações mecânicas. O lábio é uma argamassa confeccionada a base de resinas epóxi e minerais com elevada resistência.

O perfil elastomérico serve para vedar (selar) as juntas de dilatação impedindo a passagem de água, óleos, sujidades e outros contaminantes que com o passar do tempo podem danificar as vigas de apoio.

“É necessário haver uma transição de forças entre o asfalto e perfil, partindo de um material mais rígido (concreto) até o mais flexível (perfil elastomérico). Caso não houvesse essa transição haveria uma tensão muito grande na superfície asfáltica (quina) com a passagem dos veículos, principalmente ônibus ou outros veículos mais pesados, afetando consideravelmente o tempo de vida útil da junta”, diz o engenheiro.

Cada um destes elementos tem que ser executados por uma equipe técnica bem supervisionada, com o tempo bom e tomando todo cuidado para fazer a demolição do concreto da junta antiga de maneira correta, a limpeza detalhada do local, fixação criteriosa das armaduras, posicionamento de cada elemento com formas, aplicação de cada tipo de material, esperando a secagem de cada etapa para que saia tudo nos conformes.

A demora para a liberação da ponte é devido ao trabalho complexo e especializado que está sendo realizado e rigorosamente fiscalizado.