Política

Na tribuna, Vicente Caropreso destaca o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

Deputado entregou quadro com símbolo da acessibilidade e comemorou decisão judicial contra separação de alunos com deficiência

3 DEZ 2020 • POR Janici Demetrio • 17h11

“É preciso sensibilizar as pessoas sobre como podemos  e devemos viver em paz e em harmonia com quem, por uma razão ou outra, ficou com uma deficiência”, afirmou o deputado Vicente Caropreso ao destacar nesta quinta-feira (3), durante a sessão plenária da Assembleia legislativa, a passagem do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. 
 
O parlamentar, que preside a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Alesc, lembrou que 20% da população catarinense tem alguma deficiência. “Precisamos oferecer a todos as mesmas condições para que todos possam viver com  dignidade.”
 
Acessibilidade
Como forma de promover a defesa da inclusão da pessoa com deficiência, o deputado Dr. Vicente comunicou que está entregando um quadro aos  parlamentares com a representação artística do Símbolo Universal da Acessibilidade adotado pela Organização da Nações Unidas  (ONU).  A peça foi confeccionada pela artista plástica jaraguaense Marilene Giese. “Simboliza a esperança e a igualdade de acesso para todos, Todos nós devemos ter esse compromisso.  Que a mensagem deste quadro fique no coração.” 
STF contra segregação de deficientes na educação
O deputado Dr. Vicente  também comemorou a decisão tomada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Tóffoli, que suspendeu o decreto federal 10.502/2020, que alterou a Política Nacional de Educação Especial (PNEE). A decisão foi tomada na quarta-feira (2).
 
“Um passo importante foi dado. O ministro ratifica a inconstitucionalidade deste decreto. A decisão agora será submetida ao plenário [do STF} no próximo dia 11. Essa política nacional pretendida foi elaborada no atual governo e prevê que a educação da pessoa com deficiência seja feita em escolas especiais ou classes especiais. Na prática, incentiva a segregação dos alunos com deficiência, separando-os dos demais estudantes.”
  
 
No dia 29 de outubro  o deputado, por meio das Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e da Comissão de Educação da Alesc, promoveu uma audiência pública virtual sobre o decreto. Mais de 4 mil pessoas acompanharam o debate. Especialistas, parlamentares e representantes do Ministério Público rechaçaram a medida do governo federal.
 
Para o deputado, o decreto é  um retrocesso. “À medida que a ciência e a sociedade foram evoluindo, a tendência passou a ser pela educação inclusiva, sempre que possível. Essa é uma das maiores lições de cidadania, saber que é possível conviver com as pessoas com deficiência, ajudá-las e entender as dificuldades delas. É importante que elas tenham as mesmas chances na vida.”