Saúde

Medicamentos fora do prazo de validade representam risco à saúde

Coordenadora do curso de Farmácia da Unesc chama atenção para importância dos cuidados com os fármacos

14 JUL 2020 • POR Da Redação • 11h04

Um comprimido para dores de cabeça, aquela pastinha para azia, uma pomada para hematoma, um analgésico, outras pílulas, sal de fruta. Itens comumente guardados em casa. Ao utilizar estes e qualquer outro tipo de medicamento é preciso cautela e responsabilidades que vão desde a avaliação da necessidade de sua utilização, até a dosagem, os horários e períodos de uso e, fatos por vezes deixados de lado, o armazenamento e a atenção ao prazo de validade de tais produtos. O cuidado com essas questões, conforme a coordenadora do curso de Farmácia da Unesc, Silvia Da Bó, são imprescindíveis para que o paciente, ao buscar uma solução, não acabe se expondo a riscos.

As “farmacinhas”, como são costumeiramente chamados os locais em que são guardados os medicamentos, devem receber atenção constante para revisão de condições e prazo de validade dos produtos. De acordo com Silvia, é comum que itens fiquem guardados por algum tempo sem que o paciente se dê conta e ao precisar novamente acabe por negligenciar sua validade. “Isso representa um risco à saúde, pois, ao ingerir um produto vencido existem duas opções: ou se expor ao risco de não ter efeito prometido ou sofrer reações adversas”, destaca.

Para evitar a situação a orientação da professora é de que ao comprar o medicamento e tirar da caixa, o paciente observe se na embalagem primária, vidro ou cartela, por exemplo, também está destacada as datas de fabricação e validade e, se possível, evite tirá-los da cartela original. “Ao verificar a presença das datas nas embalagens o paciente pode colocar uma etiqueta ou fazer outro destaque como preferir para deixar evidente essa informação”, completa.

Ainda, entre as orientações da coordenadora, está a importância de manter os medicamentos em local seco, longe de calor e umidade. “Muitas pessoas guardam essas caixinhas perto do forno elétrico ou micro-ondas na cozinha ou até no banheiro, locais que estão expostos ao calor e umidade excessivos e que não são adequados para esse tipo de armazenamento”, acrescenta.

Armazenamento e avaliação

Para garantir a boa condição do fármaco, de acordo com a profissional, é preciso estar atento ao armazenamento e ao aspecto deste. Isso porque com a presença de calor e umidade, por exemplo, a composição pode sofrer alterações químicas indesejadas.

Ao perceber diferença na coloração, no aspecto da solução ou no odor a orientação é de devolver o produto na farmácia onde foi comprado se a alteração estiver presente desde o ato da compra, ou descartá-lo, se identificar estar fora do prazo de validade ou se armazenado de maneira indevida. “Esse descarte não pode ser feito em pias, vasos sanitários ou lixo comum. O paciente deve levar a unidades de saúde, farmácias ou na nossa Farmácia Solidária na Unesc, locais que darão o destino correta para as substâncias”, explica.

Ainda, a utilização de qualquer medicamento e, principalmente, a combinação de mais substâncias deve ser realizada sob orientação de um profissional de saúde qualificado. A professora ressalta que "quando utilizamos mais de um produto farmacêutico pode ocorrer interações medicamentosas, que muitas vezes são imprevisíveis e podem comprometer a saúde do paciente."