Jaraguá do Sul

Cerca de 10 mil mudas nativas foram plantadas na recuperação da mata ciliar

21 MAI 2020 • POR Da Redação • 13h46

Cerca de 10 mil mudas nativas para a recuperação da mata ciliar em lotes lindeiros ao Rio Itapocu já foram plantadas pela Prefeitura de Jaraguá do Sul por meio de uma parceria da Fujama e do Samae. A partir de agora, o Município estuda outra área a ser contemplada.

“Muitos parceiros têm manifestado interesse no plantio em locais não atendidos pelo projeto”, explica a coordenadora de Qualidade e Meio Ambiente do Samae, Alessandra Stinghen. Desde março de 2019 houve a recuperação de uma área de 91.027 metros quadrados e construídos 2.255 metros quadrados de cerca para proteção. O projeto previa a recuperação da mata entre a ponte Abdon Batista até a divisa com Corupá, totalizando 364 lotes, num investimento de R$ 679 mil. 

Entre as espécies utilizadas, pode-se citar ingá, araçá, aroeira, paineira e tucaneiro. Embasada pelos decretos 12.610, de 20 de fevereiro de 2019, e 7.613, de 13 de abril de 2018, a proposta socioambiental tem parceria do Samae, Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) e apoio do Ministério Público de Santa Catarina. À Fujama coube o fornecimento das mudas e suporte técnico; o Samae executou e cuida da manutenção dos espaços.

O Programa de Revitalização da Mata Ciliar implantou a ação ambiental para a melhoria da qualidade e regularização hídrica da Bacia Hidrográfica do Rio Itapocu por meio de Planos de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD). O Rio Itapocu é fonte de captação de água para cerca de 70% da área urbana de Jaraguá do Sul.

A mata ciliar, formação vegetal localizada nas margens de corpos d´água é considerada Área de Preservação Permanente (APP) pelo Código Florestal e representa diversas funções ambientais. A mata faz com que a água da chuva não escoe sobre a superfície do terreno, aumentando a infiltração e consequentemente o armazenamento do lençol freático. A mata ciliar também representa proteção natural contra o assoreamento. Sem ela, a erosão das margens leva terra para dentro do rio e os sólidos em suspensão trazem prejuízos ecológicos, dificuldade no tratamento de água e entupimento de tubulações de captação.