Economia

Empresário troca moedas por almoços para não ficar sem troco

Para fazer as moedas aparecerem alguns estabelecimentos apelam para a criatividade

14 AGO 2019 • POR Sérgio Luiz • 11h28

A escassez de moeda no comércio de Jaraguá do Sul foi tema de discussão no Diário da Jaraguá, na manhã de hoje. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, afinal, uma estimativa do Banco Central, em 2017, dava conta de que, naquele ano, 35% das moedas produzidas no Brasil desde 1994 estavam fora de circulação.

Isso significa que R$ 1,4 bilhão em moedas estavam guardadas. De lá para cá, os números se alteraram, porém, a falta do dinheiro de metal no comércio continua. Ao mesmo tempo, há um custo alto para a produção delas. Uma moeda de R$ 0,05, por exemplo, tem um custo de R$ 0,31.

Na falta de moedas para o troco, o arredondamento costuma ser a principal solução. Assim como a tradicional balinha. Mas a prática de devolver troco em produtos para o cliente incorre em uma ilegalidade, prevista inclusive no Código de Defesa do Consumidor, no artigo 39.

No mesmo artigo consta que na falta do troco correto para venda de produto com valor fracionado, o preço deve ser arredondado para baixo. Por exemplo, se o valor de venda  for R$ 3,99, e na falta de R$ 0,01 para troco, o estabelecimento tem que arredondar o preço final para baixo, por exemplo, para R$ 3,95, facilitando o troco.

Na prática, o que normalmente ocorre é o arredondamento para cima, quando o cliente sai sem seu troco por ausência de moedas. Essa situação é considerada abusiva pelo Código de Defesa do Consumidor e pode ser prevista como enriquecimento sem causa.

A razão para a falta de moedas no comércio são as mais diversas. Mas acredita-se que o principal fator seja por causa de um hábito dos brasileiros - guardar as moedinhas em casa.

Para fazer as moedas aparecerem alguns estabelecimentos apelam para a criatividade. O empresário Jorge Vieira do restaurante ARWEG, por exemplo, fornece dois almoços para cada R$ 150,00 em moedas. Segundo ele, desde que lançou a campanha não ficou sem elas (as moedas).

Para o Coordenador do Núcleo de Dirigentes Lojistas do Centro, Bruno Breithaupt Filho, o hábito do brasileiro de guardar moedas em casa é o principal motivo para a falta de moedas no comércio. Apesar das novas formas de pagamento.

O comerciante Jauri faz um questionamento sobre as moedas recolhidas pela empresa Hora Park, responsável pelo estacionamento rotativo da cidade.

De acordo com o secretário de urbanismo de Jaraguá do Sul, Eduardo Bertoldi, esclarece que existe um acordo entre a prefeitura e a empresa Hora Park, para que as moedas recolhidas nos parquímetros, voltem a circular no comércio.

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