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Corpus Christi é marcado por tranquilidade e paz em Jaraguá do Sul

O pároco Hélio Feuser, comenta que esse é o único momento em que o Sacrário sai de dentro da igreja

20 JUN 2019 • POR Camila Silveira Rosa • 13h31

Ainda era escuro e o termômetro marcava 17ºC. Era possível ver as estrelas e a lua no céu claro, típico da estação do ano. Alguns carros transitavam pelas ruas que estavam parcialmente interditadas para a confecção dos tradicionais tapetes de Corpus Christi na manhã desta quinta-feira (20), no Centro de Jaraguá do Sul.

A manhã estava tão tranquila que os Bombeiros Voluntários foram chamados quatro vezes – das 5 às 7h30 -, para atender a emergências médicas e a Polícia Militar não relatou nenhuma ocorrência. O que se ouvia pelas ruas, eram as risadas e cantorias de quem madrugou para essa celebração tradicional.

A pequena Bianca Pavanello Siqueira, de nove anos, participa com a família há quatro anos desse momento. Segundo ela, é muito bom estar com os familiares e poder fazer novos amigos. Mas há também pessoas que participam dessa tradição católica há muito tempo, como é Ademir Demathe, que a todos os anos repete a tradição.

Entre os grupos que estavam fazendo os tapetes que depois receberam o Santíssimo, estava o Encontro de Casais com Cristo (ECC) e a catequista Neide Aparecida Lopes comenta que fazer os tapetes é uma demonstração de carinho e fé.

Quem se emociona ao falar do momento, é Salete Peters. Ela comenta que quando a filha morava com ela, as duas vinham para a confecção dos tapetes e diz que essa tradição começa com a família. A aposentada se sente muito feliz fazendo isso todos os anos.  

Já o diretor comercial, Nilo Meinchein, lembra que quando era criança sempre quis saber como eram feitos os tapetes e hoje, como coordenador do Grupo de Encontro de Jovens Amigos (EJA), sabe como é feito e ajuda a organizar.

Não importa quem vem pela primeira vez, segunda ou milésima, pois o cansaço de acordar cedo e a dor no joelho – e na coluna – de abaixar a levantar para colocar as serragens, são gratificantes no final como comenta Jéssica Naiara Glowa, de 26 anos. “É gratificante saber que Jesus vai passar em cima”. Quem concorda com ela e diz que esse gesto de construir juntos os tapetes fortalecem a amizade, é Jeniffer da Rosa.

O pároco da matriz São Sebastião, Hélio Feuser, explica que a missa que aconteceu às 9 horas da manhã de hoje (20), foi campão, ou seja, aconteceu fora da igreja.  Ele comenta como surgiu a celebração de Corpus Christi, que é o único momento em que o Sacrário sai de dentro da igreja.

Feuser comenta que como eram muitos sacerdotes, apenas o que estava com o Santíssimo, iria passar em cima dos tapetes e para isso, é usado uma vestimenta especial para proteger a imagem santa.

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