Jaraguá do Sul

Sem comida e energia elétrica em casa, família passa por dificuldades em Jaraguá do Sul

Sem água, o casal espera pela chuva para lavar roupa. A energia elétrica também está em falta, criando ainda mais dificuldades

14 JUN 2019 • POR Da Redação • 11h45

Sentir fome não é uma sensação agradável, ainda mais quando não há o que comer. Para o casal Dorli Kuschinzk e Venislau Tiburço Pinheiro, ambos com 53 anos, essa realidade de escassez tem sido constante. Nessas condições, pedir ajuda aos vizinhos e até mesmo se arriscar comendo restos de alimentos, muitas vezes estragados, se tornou parte da rotina.

Há 15 anos, os dois vivem aos fundos de uma empresa desativada, na barra do Rio Cerro, em Jaraguá do Sul. Na época, Venislau trabalhava na unidade e ficou desempregado após o empreendimento encerrar as atividades.

Sem água, o casal espera pela chuva para lavar roupa. A energia elétrica também está em falta, criando ainda mais dificuldades para que Dorli e Venislau possam manter uma vida digna. Durante a noite, as lâmpadas da residência foram substituídas por velas nos cômodos.

"Quando a empresa fechou, o proprietário teve um bom coração e deixou que vivêssemos aqui", lembra Venislau. "Ele chegou a alugar o galpão algum tempo depois, mas o inquilino não pagou o combinado e abandonou o espaço", completa. Sem renda para manter a estrutura funcionando, a energia e a água do local foram desligadas.

União faz a força

A triste situação enfrentada pelo casal comoveu a aposentada Inorma Imroth. A vizinha tem feito o que pode para ajudar Dorli e Venislau, chegando até mesmo procurar a reportagem do OCP. "Não dá mais pra eles continuarem desse jeito. Vivem pedindo esmola. Isso não é vida, alguém precisa tomar alguma atitude" desabafa.

Inorma conta ainda que procurou ajuda do poder público para buscar soluções em relação aos problemas enfrentados por eles. "Eu já fiz de tudo e tenho pena, mas, infelizmente, não tenho mais condições de ajudar", lamenta.

Recém-recuperada de uma cirurgia que fez na vesícula e com sérios problemas de saúde, Dorli encontra dificuldades para conseguir emprego. O caso possui ainda o agravante dela ter a saúde mental debilitada.

Envergonhada, o olhar sofrido clama por clemência.“Eu não estou muito legal, mas temos que ir para frente. Não está sendo fácil para nós”, chora.

Assistência Social monitora o caso

O caso chegou até a Secretaria de Assistência Social e Habitação, que garante que está fazendo o acompanhamento necessário. "A Dorli recebe apoio do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) para trabalhar a saúde mental dela", afirma Maria Santin Camello, responsável pela pasta.

As demais dificuldades enfrentadas pelo casal, como a falta de comida, ainda não haviam sido comunicadas. "Não tínhamos essa informação, mas já contactamos um familiar que se prontificou a ajudar", declara. "Estamos dando todo apoio quanto a saúde deles também", completa a secretaria.

Interessados em ajudar o casal podem entrar em contato com Inorma Imroth pelo número (47) 3376-2337.

Fonte: OCP News

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