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Startup apresenta solução para agricultura urbana

Empresa com sede em Schroeder está em busca de investidores para colocar a ideia no mercado

9 ABR 2019 • POR Entrelinhas • 12h15

Os benefícios de viver com plantas sempre por perto são inúmeros. Elas filtram o ar, relaxam, embelezam o ambiente e, ainda, deixam a alimentação mais saudável. Mas, principalmente, em grandes cidades, a falta de espaço costuma impedir essa proximidade cotidiana com o verde, deixando o dia a dia mais cinza e também prejudicando a saúde. Isso sem contar que, manter uma horta ou jardim exige dedicação e, mesmo assim, sempre se está à mercê do clima e suas intempéries. 
 
Mas, e se fosse possível, por exemplo, ter um espaço controlado, seguro e econômico para produzir vegetais, frutas, flores ou qualquer outra planta? E mais: se este espaço fosse um contêiner adaptado com um sistema de automação das variáveis do cultivo? Pois é isso o que a Semente Urbana, startup em processo de aceleração da Spin, propõe. 
 
A empresa, com sede em Schroeder, está em busca de investidores para colocar a ideia no mercado. Conforme o CEO, Joe Vogel, a solução vem sendo trabalhada desde 2015. “Com a parceria entre a Semente Urbana e Spin, planejamos validar os problemas do mercado e, depois, vamos operacionalizar a construção dos módulos”, destaca. 
 
Entre os potenciais clientes já mapeados estão produtores que utilizam a técnica de hidroponia, além de condomínios e restaurantes. Para todos eles, a Semente Urbana oferece facilidades na produção graças à automação da iluminação, temperatura, umidade, circulação da água e nutrientes. Outro benefício é a redução no consumo de água e a dispensa de uso de agrotóxicos. Em contrapartida, há, ainda, menos desperdício e aumento na produtividade.
 
Espaço
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), até 2050, estima-se que a população mundial chegue à dez bilhões de habitantes. Entretanto, se os modelos atuais de produção de alimentos forem mantidos, será necessária uma área cultivada do tamanho do Brasil para atender à demanda, o que, conforme especialistas, é insustentável devido ao grande impacto. Um deles tem a ver com a água: hoje, a agricultura é responsável por cerca de 70% do consumo de água doce no mundo. 
 
Dessa forma, diversas recomendações têm sido feitas para frear esse cenário. O cultivo mais próximo dos grandes centros, que reduz desperdícios no transporte, a adoção de tecnologia para maior produtividade e com mais qualidade e as novas formas de cultivo são algumas. De acordo com Beny Fard, CEO da Spin, a Semente Urbana está alinhada com todas elas e, por isso, chamou a atenção da aceleradora. “O potencial da startup é gigantesco”, destaca.

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