Saúde

Proteger-se é a única forma de ficar longe das DSTs, alerta especialista

Em Jaraguá do Sul, apesar da diminuição de casos, passando de 292 em 2015 para 177 em 2018, os números ainda são considerados altos.

6 MAR 2019 • POR Sérgio Luiz • 22h42

As Doenças Sexualmente Transmissíveis voltaram a alertar especialistas de todo o país devido aos números alarmantes dos últimos anos. Segundo o mais recente Boletim Epidemiológico feito pelo Ministério da Saúde, a quantidade de casos anuais de HIV/Aids subiu 140% em dez anos no Brasil, passando de 6.862 para 16.371. 

Em Jaraguá do Sul, conforme a gerente da Vigilância Epidemiológica, Fabiane da Silva, os casos de sífilis preocupam o setor, especialmente por se tratar de uma DST ainda desconhecida por grande parte da população. Apesar da diminuição de casos, passando de 292 em 2015 para 177 em 2018, os números ainda são considerados altos. 

Para o médico urologista Raphael Lahr, esse aumento ocorre porque uma parcela da população, principalmente, de jovens, encara as doenças de forma despreocupada. “Um exemplo é a Aids, que, apesar de crônica, é tratável e esse fato fez o uso da camisinha entre os adolescentes cair drasticamente”, lamenta. Estima-se que apenas 61% dos jovens usem preservativo na iniciação sexual.  

Conforme a gerente de Vigilância Epidemiológica de Jaraguá o número de casos de HIV/Aids, vem caindo ao longo dos anos, porém os números ainda são preocupantes.

Porém, não é apenas o HIV/Aids que pode ser transmitido através de contato sexual, seja ele oral, anal ou vaginal. A lista de doenças é grande, mas as mais comuns no Brasil são a gonorreia, a clamídia, sífilis, HPV e herpes.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o paciente é considerado de risco quando tem mais de quatro relações sexuais desprotegidas com pessoas diferentes ao longo de um ano. “Qualquer pessoa sexualmente ativa, independentemente de faixa etária, classe social ou opção sexual, pode contrair uma DST. Basta praticar sexo inseguro”, reforça o médico, reafirmando que a melhor forma de se proteger é utilizar um preservativo em todas as relações sexuais.

Vale lembrar que o uso da pílula anticoncepcional serve apenas para evitar uma gravidez indesejada.  As infecções por DSTs podem ocorrer também pela transfusão de sangue contaminado ou pelo compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis. 

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