INTERNACIONAL

Senado dos EUA obtém votos para rejeitar declaração de emergência de Trump

3 MAR 2019 • POR • 20h11

Oponentes à declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, de emergência nacional na fronteira dos EUA com o México parecem ter obtido votos suficientes no Senado para rejeitar sua decisão, agora que o republicano Rand Paul de Kentucky disse que não pode estar ao lado da Casa Branca.

Três outros senadores republicanos já tinham anunciado que votarão "não": Susan Collins de Maine, Lisa Murkowski do Alasca e Thom Tillis da Carolina do Norte.

Paul é o quarto, e assumindo que todos os 47 democratas e seus independentes
aliados vão contra Trump, daria aos adversários 51 votos - a maioria necessária.

Na terça-feira (26), a Câmara dos Representantes - controlada por democratas - aprovou medida que barra a declaração de emergência de Trump. A medida, no entanto, ainda que rejeitada pelo Senado, seguirá para Trump, que já prometeu vetar.

No dia 15 de fevereiro, Trump declarou emergência nacional - ação que dá ao presidente o poder de remanejar recursos do orçamento, para financiar o muro que ele quer construir na fronteira com o México.

Se a medida que barra a declaração for aprovada no Senado poderá ser o início de uma briga que poderá provocar o primeiro veto do presidente. Isso porque o Congresso não teria os dois terços necessários em cada Casa para anular o veto presidencial - para isso, seriam necessários 290 deputados e 67 senadores.

Com a declaração de emergência, o republicano teria acesso a cerca de US$ 8 bilhões para reforçar a fronteira com o México. Fonte: Associated Press