Carnaval

Mais de 2 milhões de preservativos e blitz informativa marcam Dia D de prevenção ao HIV/aids

Estado vai distribuir dois milhões e quatrocentos mil preservativos para a população dos 295 municípios catarinenses

1 MAR 2019 • POR Agência do Rádio • 16h45

Nesta sexta-feira, 1º de março, Santa Catarina deu a largada para o carnaval e também para a campanha de prevenção ao vírus HIV. Ao todo, o estado vai distribuir dois milhões e quatrocentos mil preservativos para a população dos 295 municípios catarinenses. Ainda serão organizadas ações nas praças de pedágio e nos blocos de carnaval marcados para desfilarem durante os dias de folia.

A intenção do estado é conseguir atingir toda a população com informações, orientações e distribuição de preservativos para garantir uma cobertura de proteção, principalmente, entre jovens adultos, de 14 a 24 anos. Isso porque, nesse público, a doença tem aumentado nos últimos anos.

Em Santa Catarina, foram notificados 747 casos de infecção pelo HIV. Nos últimos 10 anos, o estado registra uma média de 2.200 novos casos por ano. O gerente de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), HIV/AIDS e Hepatites Virais da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do estado, Eduardo Macário, afirma que a população precisa se conscientizar da importância da proteção. Em caso de exposição ao vírus, ele alerta que a pessoa deve procurar atendimento médico o quanto antes. 
 
“A aids é uma doença que não tem cura, embora tenha tratamento. As pessoas não devem se arriscar e tem que se prevenir sempre usando a camisinha, nada pode ser uma desculpa.”

Órgãos de saúde do estado também farão uma ação nas praças de pedágio, onde vão distribuir kits com preservativos masculino, feminino e gel lubrificante, além de panfletos informativos com orientações sobre como se prevenir contra as infecções sexualmente transmissíveis, as chamadas IST. 

A funcionária pública Edna dos Santos Sousa Demétrio, de 47 anos, vive com o HIV desde 1996. Descobriu a doença na mesma época em que soube que estava grávida. Na época, quando morava em Patos de Minas, o caso dela foi o primeiro em que uma gestante teve a gravidez acompanhada para evitar que a filha não fosse contaminada. E deu certo. Hoje, a menina tem 22 anos e não possui a doença.

“É importante falar sobre isso porque as pessoas ainda têm pouca informação sobre viver com HIV. Quando alguém recém soube que está infectado, importante ter uma conversa com quem já vive, porque tranquiliza e mostra que a gente pode ter uma qualidade de vida, igual a quem não tem (a doença), desde que a gente tenha certos cuidados.” 
 
Então, não se descuide! A dica é simples para os foliões: pare, pense e use camisinha. Qualquer dúvida, procure uma unidade de saúde. Conheça todas as formas de prevenção em aids.gov.br

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