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Especialista orienta empresas a começarem pelo simples antes de buscar novas tecnologias

Desperdício e o retrabalho são questões a serem resolvidas

27 FEV 2019 • POR FIESC • 23h00

Em vez de pensar em tecnologias avançadas como robôs e outros recursos da chamada indústria 4.0, as empresas devem resolver questões simples, como o desperdício e o retrabalho, para melhorarem a qualidade e com isto terem maior produtividade. 
 
O recado é do especialista Marcos Yoshikazu Kawagoe, com base na experiência de 26 anos como executivo em corporações internacionais como Saint Gobain e Embraer, além de ter liderado o Programa Mundial de Excelência Empresarial (P3E) para aumento da produtividade, qualidade e competitividade.
 
Kawagoe falou a empresários de Jaraguá do Sul e região na terça-feira (26) no evento “Diálogo Industrial”, iniciativa da CNI e FIESC, em parceria com o SEBRAE e apoio dos sindicatos de indústrias do Vale do Itapocu.
 
Ele disse que as empresas muitas vezes pensam em melhorar a sua produtividade quando há crise, quando esta deveria ser uma preocupação permanente. Via de regra, buscam apoio em iniciativas do governo, em programas de incentivo à produtividade, quando podem melhorar a gestão olhando da porta para dentro.
 
“Mudando algumas formas de pensar o processo, as melhorias podem surgir sem maiores investimentos”, aponta. Uma destas questões, segundo ele, é quanto a desperdícios e a repetição de tarefas seja na manufatura ou na administração do negócio.

Destaca a logística como elemento importante para a racionalização de materiais e redução de custos. “É preciso conhecer as ferramentas e utilizar adequadamente a tecnologia, o que elimina muitas atividades que hoje tomam o tempo das pessoas na fábrica. Com alguns ajustes, pode-se melhorar a qualidade, reduzir defeitos e com isto evitar o retrabalho e consequentemente elevar a produtividade”.
 
Marcos Yoshikazu Kawagoe avalia que as condições são favoráveis para que as empresas busquem melhores resultados. “A economia está dando mostras de recuperação, ainda que lenta, mas melhor do que vimos nestes três últimos anos. Então, este momento em que a economia vai se reafirmando dá esta oportunidade de inovação que nem sempre são complexas”. 
 
Conforme o vice-presidente da FIESC na região, Célio Bayer, a série de encontros “Diálogo Industrial” do PDA – Programa de Desenvolvimento Associativo visa fortalecer a articulação com os sindicados ligados à indústria, levando aos empresários informações para maior competividade. “A indústria ainda não recuperou os mesmos níveis de emprego de 2011 e embora os indicadores apontem que a economia vem melhorando é preciso um foco cada vez mais intenso na questão da produtividade, preparando o setor para o crescimento”.

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