Fujama

Número de animais silvestres resgatados quase dobra em 2018

Técnicos da Fujama atribuem este ao trabalho de educação ambiental e ao fato da boa parte da população local saber que existem equipes para este trabalho

19 DEZ 2018 • POR • 08h24

O ano mal terminou e a Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) já registra índices de resgate de animais silvestres em área urbana que quase superaram em 100% o registrado em 2017. Entre mamíferos, répteis e aves cerca 222 foram recolhidos de ruas e áreas residenciais e depois devolvidos à natureza após passarem por tratamento veterinário.

Número este, que contrasta com os 115 espécimes resgatados em 2017. “Antigamente, você achava uma cobra em seu terreno o dentro de casa e o primeiro impulso era simplesmente matá-la. Hoje, as pessoas estão mais conscientes do papel desta espécie para o equilíbrio do meio ambiente e tem preferido nos chamar para apanhar o animal”, explicou o biólogo e chefe de Educação da Fujama, Christian Raboch. Durante o horário de expediente, esse trabalho é feito por técnicos da própria Fundação. Já durante a noite, fins de semana e feriados, o resgate é executado com auxílio dos Bombeiros Voluntários de Jaraguá do Sul.

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E são justamente as serpentes que lideram o ranking de resgates silvestres da Fujama, 74 casos. A mais comum encontrada pelos técnicos e a Sibynomorphus neuwiedi, popularmente conhecida como dormideira. “Muita gente confunde essa espécie com a Jararaca já que as duas tem a coloração parecida. No entanto, a dormideira é bem menor e inofensiva ao homem. Seu alimento favorito são lesmas. Somente este ano 28 foram capturadas e devolvidas ao meio ambiente. Na segunda colocação ficou as corais verdadeiras (15) ocorrências) com as jararacas logo em seguida (10 resgates).

Entre os mamíferos, o destaque são os gambás (Didelphidae)conhecidos em outras regiões do Brasil como sariguê, saruê, timbu, entre outras alcunhas populares. Este ano, foram capturados 71 espécimes adultos e mais 40 filhotes (que normalmente ficam agarrados ao corpo da mãe).

Os técnicos do Fujama também resgataram ainda 15 corujas entre a pequena buraqueira até a impotente coruja-de-igreja. “Sem contar atendimentos que envolviam cachorro-do-mato, tamanduá-mirim, gaviões, tucanos, aranha-caranguejeira, porco-espinho, tatu-galinha, lagarto, martim-pescador, quatis, capivara e cutia.

Monitoramento – Normalmente após serem resgatados o animais passam por uma triagem com veterinário no qual é feita a avaliação de sua condição física ou se precisam de algum cuidado específico. Uma vez, recuperados, são soltos em áreas de preservação ambiental nas imediações de Jaraguá do Sul.

Recentemente, a Fujama adotou um sistema de monitoramento por câmera não só para observar os espécimes soltos, mas para para a incidência de exemplares nativos, alguns até considerados raros. “Para nossa surpresa, conseguimos detectar a presença de animais típicos da Mata Atlântica, mas que eram considerados raros ou em risco de extinção como é o caso da jaguatirica e do gato-mourisco”, apontou Christian. “O que demonstra que aos poucos, principalmente neste trabalho de Educação Ambiental, estamos restituir espécimes nativos da nossa fauna.”

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