Ideli Salvatti teria recebido R$ 300 mil da Odebrecht a pedido de Carlito Merss
12 ABR 2017 • POR • 11h38
A petição número 6754 assinada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), aponta o suposto pagamento de R$ 300 mil do grupo Odebrecht para a ex-ministra Ideli Salvatti (PT) nas eleições de 2010, quando ela era candidata ao governo de Santa Catarina. Segundo as delações dos ex-diretores da Odebrecht Valter Luis Arruda Lana e Benedicto Barbosa da Silva Júnior, o repasse teria sido um pedido do também petista Carlito Merss, ex-prefeito de Joinville. O caso será analisado pela Justiça Federal catarinense.
No despacho que declina a competência da suspeita sobre os petistas para a Justiça Federal de Santa Catarina, Fachin afirma:
"Atendendo pedido realizado pelo ex-prefeito do Município de Joinville/SC, Carlito Merss, o Grupo Odebrecht efetuou o repasse de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) em favor de Ideli Salvatti, a pretexto de sua campanha eleitoral para o governo do Estado de Santa Catarina, recursos que não teriam sido contabilizados."
Nas eleições de 2010, Ideli ficou na terceira colocação, atrás de Ângela Amin (PP) e do governador eleito Raimundo Colombo, então do DEM.
Ideli já foi citada em outras delações da operação Lava-Jato. Na mais recente, em janeiro do ano passado, o ex-diretor da Petrobrás, Nestor Cerveró, afirmou que Ideli tratou diretamente da renegociação de uma dívida de cerca de R$ 90 milhões da empresa catarinense Transportes Dalçóquio com a BR Distribuidora, um braço da estatal de petróleo. Na época, Cerveró disse que a petista teria recebido propina pela ajuda.
Diário Catarinense