Previdência

Déficit previdenciário quase triplica em dez anos

6 ABR 2017 • POR • 11h23

Os úmeros da Secretaria do Tesouro Nacional revelam o impacto negativo crescente nas contas públicas dos gastos do governo federal para financiar o déficit dos sistemas de previdência dos trabalhadores privados (Instituto Nacional do Seguro Social – INSS) e dos servidores civís e militares.

A conta da Previdência tem um ritmo de crescimento acelerado – a população idosa está aumentando. Benefícios e aposentadorias, não só do INSS, mas também dos servidores publicos federais consomem 54% do dinheiro do Orçamento, um gasto que cada vez mais tira dinheiro de outras áreas. Sem a reforma, o comprometimento do Orçamento chegará a 82% em dez anos, um desequilíbrio que se repete nos estados.

Somente nos últimos dez anos (entre 2007 e 2016), o déficit previdenciário quase triplicou – passou de R$ 82,11 bilhões em 2007 para R$ 230,13 bilhões em 2016 (2,8 vezes mais) – os dados são nominais, sem atualização monetária.

Em 2009, por exemplo, o déficit foi de R$ 89,86 bilhões (R$ 42,86 bilhões do INSS e R$ 47 bilhões dos sistemas próprios dos servidores civís e militares). Naquele ano, as contas do governo registraram um superávit primário (receitas com impostos superiores às despesas) de R$ 39,43 bilhões, ou seja, de menos da metade do valor do rombo previdenciário.

O resultado primário não considera os gastos com pagamento de juros da dívida pública.

G1