Educação

Diretores procuram Acijs para mediar conflito

28 MAR 2017 • POR • 01h01
 

Na noite desta segunda-feira (27), diretores de escolas procuraram o presidente do centro empresarial de Jaraguá do Sul, Giuliano Donini, para que interceda junto ao prefeito Antídio Lunelli, e o convença a não reenviar o projeto do triênio para a Câmara, reveja a forma de desconto das horas - levando em consideração que há outras categorias no sistema de educação -, e reconsidere o corte do vale alimentação para a faixa que atinge a maioria dos professores, (a grande maioria recebe acima de R$ 2,5 mil por mês). Com essas medidas, os educadores garantem que a categoria retornaria ao trabalho, encerrando a greve. Os diretores também sugeriram montar uma comissão, para juntos, encontrarem outras maneiras de contornar a crise financeira do município. Os educadores disseram ainda que não há dados claros sobre o quanto a educação pesa no orçamento do município. "Sabemos que hoje, 90% do dinheiro do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), é usado para pagar salários", disse um dos diretores. Os professores estão preocupados com uma possível volta ao trabalho, sem motivação. "Não haveria mais adesão a feiras e projetos que sempre foram destaque no município", argumentou uma diretora. De acordo com Sirlei Schappo, se a greve se prolongar mais uma semana, as férias de julho não será suficiente para fechar as 200 horas do ano letivo. "Provavelmente teremos que avançar o mês de fevereiro", disse.

Os professores ouviram do presidente da Acijs, que a entidade não irá fazer o papel de mediadora desse conflito, sendo tal atribuição, da Câmara de Vereadores. E que muito provavelmente aquilo que já foi aprovado e sancionado, dificilmente será cancelado. Mas se comprometeu em avaliar os dados relativos ao setor do ponto de vista econômico, para ter uma posição mais técnica sobre o assunto. Os temas que ainda não foram definidos também podem ser analisados em conjunto. "Não vamos é entrar nessa discussão sobre quem está certo ou errado. Não nos compete fazer isso", completou Donini.