Transplantes

SC tem 36,8 doadores de órgão a cada milhão de habitantes

16 MAR 2017 • POR • 14h50
Mais uma vez, Santa Catarina se destaca em doações de órgãos. A cada milhão de habitantes do Estado, 36,8 são doadores efetivos – a maior taxa do Brasil, é o  dobro da média nacional (14,6). O índice é comparável ao de nações desenvolvidas como a Espanha, que lidera o ranking mundial com 39,7. Os dados se referem a 2016 e foram divulgados pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). O número estadual tornam-se mais significativos quando se considera a meta estipulada por milhão da população (pmp). O total brasileiro ficou abaixo dos 15,1 pmp almejados no ano passado. Já o catarinense não apenas ultrapassou em muito esse objetivo, como também as marcas estabelecidas para o Estado até 2020 (35,5 pmp). Para se ter uma ideia da diferença, em 2021 a ambição do país é comemorar 24 pmp. – O resultado alcançado por Santa Catarina se deve a um sistema de organização mais desenvolvido. Não se deixa de notificar os casos de morte cerebral, conseguindo assim aproveitar melhor os potenciais doadores, devido à estrutura – explica o cirurgião cardiovascular José Lima Oliveira Júnior, coordenador da Comissão de Remoção de Órgãos da ABTO. A taxa de parentes que negam a doação de órgãos de seu ente falecido é de 37% em Santa Catarina. O percentual é menor do que o nacional (43%) e similar ao paulista, mas perde do Paraná (35%) e Distrito Federal (36%), os mais bem posicionados nessa modalidade.
Diário Catarinense