Planos de Saúde

No Sul, quase 100 mil deixam de contar com planos de saúde em 2016

24 JAN 2017 • POR • 16h27

 A região Sul do País encerrou 2016 com 95,85 mil beneficiários de planos médico-hospitalares a menos do que começou o ano. A queda, de 1,4%, foi puxada pelo Paraná, que perdeu 41,3 mil vínculos (-1,5%) no período analisado. Os números constam na Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), que acaba de ser atualizada e está disponível no site www.iess.org.br. No Rio Grande do Sul, 28,8 mil beneficiários deixaram de contar com o plano de saúde, o que representa retração de 1,1%. Já o Estado de Santa Catarina foi o que proporcionalmente teve mais vínculos rompidos em 2016: 1,7%. O montante equivale a 25,7 mil beneficiários a menos do que em 2015. O superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, explica que a variação se deve, em grande parte, ao cenário econômico negativo. “De acordo com os dados do Caged, foram cortados 263,4 mil empregos formais na região Sul ao longo do ano passado. Como os planos coletivos empresariais (aqueles fornecidos pelas empresas aos seus colaboradores) ainda representam a maior parte dos planos médico-hospitalares no País, é natural que o número de vínculos apresente retração junto com o saldo de empregos formais”, aponta. Carneiro destaca que o ano poderia ter encerrado com uma redução ainda maior no total de beneficiários. “Como o plano de saúde é o terceiro maior desejo do brasileiro, atrás apenas da casa própria e da educação, os beneficiários de planos de saúde, mesmo desempregados, optam por cortar outros gastos antes de romper o vínculo com a operadora.”

A NAB consolida, a partir de distintas bases de dados da ANS, os mais recentes números de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares e exclusivamente odontológicos, divididos por estados, regiões, tipo de contratação e modalidade de operadoras.

Sobre o IESS O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.