INSS

Aumenta procura por aposentadoria

21 SET 2016 • POR • 13h58
Ambiente de incerteza provocado pela intenção do governo Temer em promover a reforma da Previdência leva cada vez mais segurados a procurarem postos do INSS para requerer aposentadoria. O aumento do número de pedidos passa de 20% somente nos oito primeiros meses do ano, ante igual período do ano passado. Especialista em Direito Previdenciário, Murilo Aith, avalia que se o trabalhador já estiver perto de atingir as condições necessárias para aposentar por tempo de contribuição, por exemplo, sendo 30 anos de recolhimento para mulheres e 35 anos para homens, ou se enquadram na Fórmula 85/95 — que soma tempo de contribuição com idade — devem antecipar o pedido. Muitas são as informações sobre as possíveis mudanças nas regras do sistema previdenciário, entre elas a criação de um sistema de capitalização, em que aposentados poderiam contribuir e ter seu benefício aumentado, adoção de idade mínima (65 anos) para homens e mulheres, entre outras. Na próxima quinta-feira o presidente Michel Temer se reunirá com representantes dos trabalhadores para apresentar e discutir mudanças nas regras da aposentadoria que serão enviadas ao Congresso. Temer quer encaminhar as propostas até o fim do mês ao Plenário da Casa, o que não é garantia aprovação imediata. Segundo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a votação da reforma deve entrar em pauta apenas no primeiro semestre do ano que vem. Ontem, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que, se a reforma da Previdência for aprovada no período que sugeriu Maia será algo de “velocidade impressionante”. “Este é um processo gradual. Esperamos que a PEC do teto de gastos seja aprovada este ano. E a Previdência será um assunto para o primeiro semestre de 2017”, afirmou o ministro. A aprovação da reforma não deve encontrar muita resistência entre os parlamentares, segundo Leonardo Rolim, da Consultoria de Orçamentos e Fiscalização Financeira da da Câmara dos Deputados (Conof/CD), que elaborou relatório para o governo com as mudanças na Previdência.   As informações são do Jornal O Dia