Jaraguá Futsal

Futsal: Hora do pesadelo

3 SET 2016 • POR • 14h08
Conforme o goleiro, “ melhoramos muito várias questões envolvendo a preparação do jogo para um melhor atendimento ao torcedor, com promoções antes e no intervalo das partidas. Conseguimos equilibrar a situação da alimentação dos atletas com a ajuda de pessoas que comandam o setor na cidade. Os salários, embora continuem muito atrasados, estão sendo pagos num percentual bem abaixo do seu total, mas em acordo com os próprios jogadores”. Mas o ídolo do torcedor fez uma revelação dura e preocupante: “ o problema é que dos três pilares que precisávamos trabalhar muito seriamente, o dos salários e o da alimentação estão controlados, mas o dos aluguéis, está muito difícil de ser equacionado”. Segundo ele, desde o início do ano, o atraso foi constante e chega a mais de seis meses a falta de pagamento, gerando uma dívida superior a R$ 85 mil e a possibilidade dos atletas ficarem sem ter onde morar: “ existem e isso não é novidade, ações de despejo para vários atletas e se isso ocorrer, não haverá outra saída que a dispensa do plantel, para que retornem as suas cidades. Compreendo que todos merecem receber; os atletas, a comissão técnica, quem trabalha e claro os proprietários destes imóveis também. Mas estamos sem recursos e a curto prazo, nenhuma chance de levantar esse valor”. Franklin declarou que nesse período a frente do clube, juntamente com o preparador físico Mauro Sandri, vem buscando seguidos contatos e tem feito muitas reuniões com possíveis patrocinadores, mas que tudo está em estudo e num processo de entendimento. “ Isso leva tempo, a imagem do clube está ainda desgastada, mas o produto é bom. Aos poucos estamos reerguendo a confiança de todos em torno do Jaraguá Futsal. O problema é que esse tempo que eu e o Mauro(Sandri) precisamos, nós não temos”. A reportagem conheceu vários projetos e idéias do goleiro e da nova administração e constatou que todas são direcionadas a profissionalização da administração, que podem resultar numa grande reviravolta, com inclusive, a formação de um elenco ainda melhor, que se equipare aos melhores do país. Mas todo esse trabalho de planejamento já executado em tão pouco tempo, pode ser insuficiente pois Franklin foi taxativo:  “ não tem como segurar mais. Se até segunda-feira não conseguirmos esse valor dos aluguéis, ou a chegada de uma empresa que nos ajude, seja com recursos ou um patrocínio, vamos anunciar a desativação da equipe, ou pelos menos, a saída de todo o elenco que aí está. Eles( atletas) sabem disso e compreendem, até porque poderão ficar sem onde morar a qualquer momento. Temos muitas idéias a médio e longo prazo, como elevação do número de sócios torcedores com mais vantagens, a profissionalização das dependências da Arena em dias de jogos, a venda de produtos da equipe, promoções temos várias projetadas, mas não temos tempo para isso; o aluguel pode derrubar o futsal em Jaraguá”. Já o preparador físico e braço direito de Franklin nessa empreitada, Mauro Sandri, revelou que o momento é de muita apreensão e nos últimos trinta dias foi de trabalho intenso em pról do reestruturação do time. “Temos trabalhado muito dentro e fora da quadra, mas essa dívida com os aluguéis, para nós no momento, inviabiliza qualquer projeto a médio prazo”.  Agora resta aguardar que surja até a próxima segunda-feira uma solução para a quitação dos aluguéis para evitar que um dos maiores times de futsal da história do país, venha a fechar suas portas. Rudimar Braga