Operação

Fraude no DPVAT pode bater R$ 28 milhões

31 AGO 2016 • POR • 12h48
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do DPVAT, que investiga fraudes no seguro, já apurou desvios de R$ 28 milhões, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (31). A investigação na Câmara Federal começou após a operação “Tempo de Despertar”, deflagrada no ano passado. Até agora, já foram indiciados pela PF (Polícia Federal) dez agentes e um delegado da Polícia Civil, um policial militar, oito advogados, três médicos, dois fisioterapeutas e 14 empresários envolvidos no esquema. São mais de 263 páginas, 39 pessoas indiciadas e acusadas pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, estelionato, falsidade ideológica e uso de documento falso. “É um crime contra a saúde pública do país. Além de o acidentado não ter o ressarcimento devido, o desvio lesa o erário público”, disse a deputada federal Christiane Yared (PR-PR), que divulgou dados da CPI. Segundo a deputada, a comissão está analisando uma série de documentos e discutindo medidas cabíveis decorrentes da Operação “Tempo de Despertar” que foi deflagrada no ano passado nos estados de Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. Operação Tempo de Despertar A PF investiga uma organização criminosa especializada em fraudar o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais (DPVAT). As fraudes no seguro pago às vítimas de acidentes causados por veículos automotores de via terrestre podem chegar a R$ 28 milhões. As investigações feitas em parceria entre a PF, o Ministério Público, a Corregedoria da Polícia Civil e a Polícia Militar de Minas Gerais, identificaram que o grupo criminoso utilizava vários métodos para fraudar o seguro DPVAT, entre eles o  ajuizamento de ações judiciais por escritórios de advocacia sem conhecimento e autorização das vítimas. Segundo a PF, a quadrilha falsificava assinaturas em procurações e declarações de residência falsas. Informações do Uol Notícias.