Olimpíada

Brasil perde para a França e é eliminado na 1ª fase do basquete feminino

11 AGO 2016 • POR • 22h45
Na tarde desta quinta-feira (11), o time comandado por Antônio Carlos Barbosa perdeu por 74 a 64 para a França, atual vice-campeã olímpica e duas vezes vice do Europeu. É a terceira Olimpíada seguida que o Brasil fracassa em passar às quartas de final no torneio feminino. Em Pequim-2008 e Londres-2012, o time também naufragou na fase de classificação, com a diferença de ter sido eliminada com pelo menos uma vitória. Desta vez, em casa, diante de seus torcedores, essa possibilidade é remota. A equipe nacional faz um jogo de despedida, no sábado (13), contra a Turquia, que está classificada para as quartas e passou com facilidade pelas seleções para as quais o Brasil já caiu no Rio-2016. Já as francesas tentam avançar às quartas de final como segundas colocadas no grupo A, contra o Japão. Damiris foi a cestinha com 21 pontos. Mas a França terminou os 40 minutos com quatro atletas com pontuação igual ou superior a 10 pontos, numa prova de que jogou muito mais como um time do que a seleção comandada por Barbosa   Time base mantido Como aconteceu nas partidas anteriores, o Brasil de Barbosa começou eletrizante, empurrado pela torcida, abriu 17 a 10 nos sete primeiros minutos. O técnico não mudou o time base, que jogou a primeira etapa com Adrianinha, Iziane, Clarrisa, Damiris e Érika. Mas a equipe descuidou-se na marcação da ala-pivô Endy Myem, que anotou oito pontos nos 10 minutos iniciais. As duas equipes partiram para a segunda etapa empatadas em 20 a 20. Com apenas duas jogadoras com 30 anos ou menos, a França mostrou sua superioridade física da França já no segundo período. A técnica Valerie Garnier lançou à quadra as jogadoras reservas e elas impulsionaram o time visitante a virar o placar e entrar na segunda metade do duelo vencendo por 35 a 29. Dupla francesa detona
A defesa brasileira foi incapaz de parar as jogadas entre a armadora Gaelle Skrela, e a pivô Sandrine Gruda. Juntas, elas marcaram 35 pontos. Isso é mais da metade do que a seleção de Barbosa anotou no jogo inteiro.
A pivô Isabelle Yacoubou, nascida no Benin, mas naturalizada francesa, anotou outros 10 pontos, assim como a ala Myem. A soma da pontuação alcançada pelas cestinhas francesas quase chega ao total anotado pelas brasileiras nos 40 minutos de jogo: 55 para as europeias contra 64 das anfitriãs.
Falta de banco
O Brasil, por sua vez, voltou a perder bolas fáceis. Cometeu 17 turnovers (perda da posse de bola). Só a ala Clarissa foi responsável por seis desses erros. O time voltou a insistir nos arremessos de longa distância sem sucesso. Das 10 tentativas, apenas três foram concluídas com èxito.
Duas jogadoras atuaram durante todo o tempo regulamentar: Damiris e Clarissa. São duas jovens, de 23 e 28 anos respectivamente, mas elas não foram substituídas nenhum momento sequer por Barbosa. Mais uma prova de que faltam peças de reposição no basquete feminino nacional.