Demissão

Ministro da Indústria ameaça deixar governo se reformas não avançarem

9 AGO 2016 • POR • 12h50
O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, fez nesta segunda-feira, 8, um duro discurso durante evento na Associação Comercial de São Paulo. Ele afirmou não acreditar que o governo consiga avançar com reformas importantes antes das eleições municipais de outubro, mas disse que é preciso enviar as propostas ao Congresso até o fim de novembro, para conseguir aprová-las no primeiro semestre de 2017. "Se não aprovarmos no primeiro semestre, não se aprova mais nesse governo", afirmou. Ele acrescentou ainda que já avisou ao presidente interino, Michel Temer, que, se ver que as reformas não estão avançando, não pretende ficar no governo. "Eu volto para meu escritório de advocacia", afirmou.
Pereira não fugiu de temas polêmicos e disse que, dentro da reforma trabalhista, defende a terceirização, o trabalho intermitente e que o acordado prevaleça sobre o legislado. O ministro também disse que é preciso rever a isenção de tributação sobre importações abaixo de US$ 50,00.
Ele afirmou que se reuniu recentemente com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e pediu que nas discussões da reforma do PIS/Cofins não se eleva a alíquota. "Nós sabemos que a situação fiscal é extremamente difícil, mas precisamos dar fôlego ao setor produtivo. Eu disse ao Ministério da Fazenda que todos os empresários estão sufocados, e não podemos matá-los. Se a economia reage, isso gera renda e emprego". O líder do MDIC reforçou bastante que é preciso avançar na melhoria do ambiente de negócios, com modernização e desburocratização. Com informações do jornal O Estado de São Paulo