Olimpíada

COI aprova surfe, beisebol, caratê e skate em Tóquio-2020

3 AGO 2016 • POR • 21h22
É considerada a maior reforma do programa olímpico moderno, mas só vale para a cidade japonesa. Além do skate e do surfe, foram incluídos o beisebol, a escalada esportiva e o caratê. Houve um processo seletivo que começou com 26 esportes e chegou a esses cinco finais propostos pelo Comitê de Tóquio, e agora aprovados pelo Congresso do COI. Serão tomadas medidas para manter o número de 10.500 atletas na vila, o que pode levar a redução de modalidades ou a reorganização dos Jogos para não provocar gigantismo nos Jogos. "Vamos tomar cuidado para que não impacte no nosso orçamento", contou o diretor do comitê organizador de Tóquio, Toshiro Muto. A expectativa é de mais 470 atletas, em torno de 5% a mais do que anteriormente. Em todos os relatórios dos esportes estão descritos o número de seguidores de cada federação no Facebook, no Twitter, no Instagram e no canal do Youtube. Quem tem os números mais significativos é o skate com 2,2 milhões de seguidos no Facebook. "Há interesse das pessoas jovens e os atletas top vão participar"; disse o membro do COI, Franco Carraro, que fez o relatório sobre os esportes. "Os skatistas têm grande presença na mídia digital e influenciam milhões de seguidores na mídia social", afirma o relatório do COI. A mesma observação é feita em relação ao surfe. "Os melhores surfistas vão atrais uma nova onda de jovens fãs para o movimento olímpico."
Embora a federação de surfe tenha menos seguidores no Facebook e no Twitter, seus vídeos durante as competições tem até 11 milhões de pages views, segundo o relatório. A tendência é que o surfe seja disputado afastado de Tóquio em uma praia a ser escolhida. A ideia seria criar um ambiente de jovens com festas na praia. Para o Brasil, seria o esporte com mais chances de medalhas considerando os últimos resultados dos surfistas no Circuito Mundial - Gabriel Medina e Adriano de Souza foram campeões nos dois últimos anos.
O beisebol voltou aos Jogos porque representa a possibilidade de grandes receitas de bilheteria no Japão, onde o esporte goza de imensa popularidade. Há uma preocupação se os atletas profissionais poderão participar já que ainda não existe um acordo fechado com a liga americana. Houve questionamentos sobre isso no Congresso do COI.
"Não temos a garantia dos que jogam nos EUA", reconheceu o membro do COI, Franco Carraro, encarregado do relatório sobre o Tóquio. "Teremos que negociar com a Liga Americana. Se não houver acordo, será muito difícil o beisebol continuar no futuro." Outro que tem tradição no país asiático é o caratê. Por fim, há a escalada esportiva, outro esporte ligado a gerações mais novas.   imagem: Christophe Simon/AFP Texto: UOL.