Futebol

Atlético Nacional triunfa em casa e garante bi na Libertadores

28 JUL 2016 • POR • 15h27
O gol do título foi marcado logo aos oito minutos de jogo por Miguel Borja, carrasco do São Paulo nas semifinais. "É um sonho que virou realidade", vibrou o atacante de 23 anos já tinha anotado os quatro gols que eliminaram o tricolor paulista, nas vitórias por 2 a 0 no Morumbi e 2 a 1 na Colômbia. Os anfitriões dominaram a partida de ponta a ponta, mas perderam um caminhão de gols e ficaram sob ameaça do empate equatoriano até o fim. Para a alegria dos 47.000 torcedores que lotaram o estádio Atanasio Girardo, os 'verdolagas' conseguiram segurar o resultado, ao contrário da semana passada, quando sofreram um gol a três minutos do fim. O futebol colombiano esta de vento em popa, com o segundo título continental em menos de um ano, depois do Independiente Santa Fe faturar a Copa Sul-Americana, em dezembro de 2015. Este foi o terceiro título do pais na competição, depois do primeiro conquistado pelo próprio Atlético Nacional, em 1989, e do Once Caldas, que levantou o troféu em 2004. Há 27 anos, porém, a conquista do time de Medellín tinha sido manchada pela influência do narcotraficante Pablo Escobar, suspeitas de ameaças e corrupção de árbitros. - A glória antes do desmanche -Neste ano, o título foi incontestável. Os comandados de Reinaldo Rueda impressionaram com o jogo ofensivo de toque de bola refinado, revelando vários jovens talentos cobiçados por grandes clubes europeus. Em dezembro, o Atlético Nacional terá a honra de disputar o Mundial de Clubes, com times como o Real Madrid, vencedor da Liga dos Campeões, mas a dúvida é se vai conseguir segurar suas joias até o fim do ano. O atacante Copete já foi embora, contratado pelo Santos, e será difícil impedir outras saídas. Em meio à geração dourada repleta de jovens promessas, o veterano Alexis Henríquez conquistou sua segunda Libertadores, 12 anos depois de se sagrar campeão continental com o Once Caldas. "É algo muito especial", comemorou o zagueiro de 33 anos. Fiel ao seu estilo caraterístico, o time colombiano envolveu os equatorianos com seu toque de bola, chegando com muita facilidade até a área adversária. Borja e Bocanegra tiveram duas chances claras em menos de três minutos de bola rolando. Só faltou caprichar na pontaria. Acuado no seu campo de defesa, o Independiente foi castigo logo aos 9 minutos de jogo, em lance de bola parada. Em cobrança de falta venenosa, Macnelly Torres acertou a trave e Borja apareceu no rebote para levar a torcida local ao delírio. O segundo quase saiu aos 31, quando Torres arriscou da entrada da área e obrigou o goleiro Azcona a se esticar todo para espalmar. O time equatoriano teve sua primeira chance apenas aos 34, quando Sornoza deixou Angulo na cara do gol, mas o atacante chutou por cima. - Alegria sem fim depois do susto -Depois de ver seu time ser massacrado na primeira etapa, o técnico do Independiente, Pablo Repetto, resolveu mexer no intervalo, colocando Uchuari no lugar de Sornoza. A mudança quase surtiu efeito logo no primeiro minuto, em jogada espetacular do atacante que acabara de entrar. Uchuari recebeu na área, dominou com categoria, deu um chapéu no marcador e foi travado na hora do chute, quando estava na cara do gol. Depois do susto, o Atlético Nacional voltou a pressionar e quase fez o segundo em grande jogada de Marlos Moreno. Aos 7, o jovem atacante de 19 anos, sonho de consumo de vários grande clubes europeus, entre eles o Manchester City, driblou Caicedo e rolou para Berrio, que chutou para fora. Aos 16, foi a vez de Borja desperdiçar outra grande chance, quando finalizou cruzado, rente à trave de Azcona. O bombardeio colombiano continuou aos 30, com mais um petardo de Borja que o goleiro espalmou. Apesar do domínio total do time da casa, bastava um golzinho do Independiente para forçar a prorrogação, mas não teve jeito. O Atlético Nacional controlou o jogo até o fim e se consagrou, para a alegria da torcida, que agitou milhares de bandeirinhas verdes e brancas durante os 90 minutos.