golpe de estado

Presidente turco pede que população resista ao golpe

15 JUL 2016 • POR • 22h17
Em sua primeira declaração após a tentativa de golpe militar na Turquia na noite desta sexta-feira (15/07), o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu que a população saia às ruas para tentar impedir que os militares tomem o poder no país. Erdogan, que está fora da Turquia em local não divulgado, apareceu via webcam no canal CNN Turk. O presidente turco culpou o "movimento gulenista", em referência a Fethullah Gülen, um clérigo muçulmano autoexilado nos EUA há dez anos e considerado o principal rival político de Erdogan, pela tentativa de golpe. Em maio, o governo de Erdogan classificou oficialmente o Hizmet, movimento liderado por Gülen, como um grupo terrorista. Ele afirmou que a ação dos militares terá a “resposta necessária” de seu governo. Ele também declarou que continua no poder do país. Membros das Forças Armadas turcas fecharam as pontes de Bósforo e Fatih Sultan Mehmet, em Istambul, e há relatos de jatos e helicópteros voando baixo sobre a cidade e em Ancara, além de tiros na capital turca. Segundo Yildirim, os militares tomaram uma “ação ilegal” e não autorizada e o governo continua no comando do país. “Não vamos permitir essa tentativa”, disse ele à emissora turca NTV. “Aqueles envolvidos neste ato ilegal vão pagar o mais alto preço”, afirmou.