Copa do Mundo

Fifa é alvo de processo milionário por ingressos na Copa

8 JUL 2016 • POR • 12h34
A empresa JB Sports anunciou, nesta sexta-feira, que vai abrir um processo nos tribunais contra a Fifa por perdas de US$ 40 milhões na Copa do Mundo de 2014, no Brasil. O anúncio foi feito pot Heinz Schild, membro da companhia que atua no segmento de venda de ingressos para grandes eventos. Segundo ele, cerca de 3,5 mil de entradas para o Mundial que eles receberam para revender a parceiros, não eram os ingressos combinados num contrato fechado entre a JB Sport, o empresário Jaime Byrom e a Fifa. Segundo o acordo, os ingressos eram para alguns dos melhores locais dos estádios brasileiros. Quando as entradas foram enviadas, eram cadeiras atrás dos gols, enquanto outros desapareceram. A suspeita da empresa é de que os ingressos originais alimentaram o mercado negro. "Eram os melhores ingressos. Para semifinal, para a final e para os jogos do Brasil", disse Alon. "De repente, devemos perguntar para Ray Whelan", disse, numa referência ao executivo da Match que foi preso no Rio de Janeiro, suspeito de fazer parte de um esquema de vendas ilegais de entradas. Segundo a empresa, um acordo tentou ser fechado com a Fifa para encerrar o caso e que pagamentos fossem feitos para compensar pelas perdas. Depois de uma série de encontros, nenhum acordo foi fechado. "Eles não estão interessados em um entendimento. Mas em adiar um acordo", disse. RESPOSTA DA FIFA Segundo a Fifa, a acusação "não tem base". "A Fifa vai contestar vigorosamente", indicou a entidade em um comunicado. "Além disso, a Fifa vai considerar todas as opções contra a JB Sport, inclusive um processo criminal", indicou. De acordo com a entidade, o acordo com Alon acabou em 2013 "quando foram descobertas várias irregularidades com os contratos de marketing com a Fifa". A organização também acusa Alon de ter revelado como tentou subornar Valcke para vender ingressos de forma ilegal. Valcke foi demitido depois da revelação. "A FIFA condena todos os que abusam de sua posição por ganhos pessoais", concluiu a entidade.     O Estadão