Lava-jato

PF deflagra a 32ª etapa da Operação Lava-Jato

7 JUL 2016 • POR • 11h37
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira mais uma etapa da Operação Lava-Jato em São Paulo, Santos e São Bernardo do Campo. A 32ª fase, batizada de Caça-Fantasmas, cumpre nestas três cidades paulistas 17 mandados - sete de condução coercitiva, quando a pessoa é detida para prestar depoimento, e 10 ordens judiciais de busca e apreensão. De acordo com a Polícia Federal, esta nova fase da Lava-Jato investiga uma instituição financeira panamenha que atuaria no Brasil sem autorização do Banco Central. O propósito desta instituição seria abrir e movimentar contas em território nacional para viabilizar o fluxo de valores de origem duvidosa para o exterior, à margem do sistema financeiro nacional.      Para a Polícia Federal, esta instituição funcionaria como agência de private banking no Brasil. O banco atuaria também, conforme a PF, comercializando empresas offshore, que eram registradas pela Mossak Fonseca, que já foi alvo da 22ª fase da Lava-Jato. "Os serviços disponibilizados pela instituição financeira investigada e pelo escritório Mossack Fonseca foram utilizados, dentre diversos outros clientes do mercado financeiro de dinheiro 'sujo', por pessoas e empresas ligadas a investigados na Operação Lava-Jato, sendo possível concluir que recursos retirados ilicitamente da Petrobras possam ter transitado pela instituição financeira investigada", afirma a PF em nota. São apuradas nesta operação as práticas de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, lavagem de ativos e organização criminosa transnacional. Caça-Fantasmas O nome Caça-Fantasmas é uma referência utilizada para a identificação desta nova fase da operação policial e remete, dentre outros aspectos, a um dos objetivos principais da investigação - que foca na apuração de verdadeira extensão obscura da instituição bancária no Brasil, bem como a vasta clientela que utiliza de seus serviços e do escritório Mossack Fonseca para operações financeiras com características de ilicitude e de forma oculta.     Agência Estado