Emprego

Taxa média de desemprego ficou em 8,5% em 2015

15 MAR 2016 • POR • 13h22
O desemprego fechou o ano passado com taxa média de 8,5%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – a maior desde o início da série da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua), em 2012. Em 2014, a média anual de desemprego ficou em 6,8%. No quarto trimestre, o desemprego ficou com 9%. No mesmo período de 2014, a taxa ficou em 6,5%. A taxa do período de outubro a dezembro também é a maior para um trimestre desde o início da pesquisa. A Pnad Contínua coleta informações em 211 mil domicílios em 3.464 municípios do país. “Essas pessoas não estavam ocupadas, elas tomaram uma providência para conseguir trabalho”, afirmou Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE. 2015 fechado O IBGE estima em 8,6 milhões o número de desocupados no ano passado, uma alta de 27,4% em relação aos 6,7 milhões de 2014. Já a população ocupada ficou estável em 92,1 milhões. A pesquisa mostrou ainda que houve queda cerca de 900 mil no número de empregados com carteira assinada no setor privado, passando de 36,6 milhões em 2014 para 35,7 milhões em 2015. Já o rendimento médio mensal se manteve praticamente estável, passando de R$ 1.947 para R$ 1.944, mesmo movimento da massa de rendimento real habitual, que passou de R$ 173.577 bilhões para R$ 173.570 bilhões. Quarto trimestre Os dados do período de outubro a dezembro mostram que o desemprego foi ficando mais intenso ao longo do ano. A taxa de 9% do último trimestre ficou acima dos 8,9% registrados nos três meses anteriores. E a alta do desemprego no final do ano foi atípica, segundo o IBGE: “O quarto trimestre, por ter o mês de dezembro, a conhecida sazonalidade do trabalho temporário, a presença do mês de dezembro é componente sazonal muito forte que tem ali: menos dias de procura, mais oportunidades fazem com que a taxa venha a ser menor. Isso não aconteceu. A taxa está estável do terceiro para o quarto trimestre", afirma Azeredo, do IBGE.   G1