Cancêr

Conheça os três tipos de câncer do aparelho digestivo que mais acometem os brasileiros

3 FEV 2016 • POR • 15h15
A Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) alerta sobre a importância do diagnóstico precoce nos três cânceres que mais acometem o aparelho digestivo em referência ao Dia Mundial do Câncer, 4 de fevereiro. São eles: o colorretal, mais incidente, estima-se que em 2016 a incidência seja de 34.280 novos casos no país; de estômago, com incidência estimada em 20.520; e de esôfago, estimados 10.810, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). É essencial que a população conheça os sintomas desses três tipos de cânceres e procurem seu médico caso sinta algo diferente, como alteração do hábito intestinal, dor abdominal e declínio geral da saúde, por exemplo. Confira abaixo os sintomas e possíveis meios de diagnósticos para os três cânceres que mais acometem o aparelho digestivo: 1º maior vilão - Câncer colorretal. Abrangendo tumores que agridem o cólon e o reto, segmentos do intestino grosso, o câncer colorretal possui sintomas como sangramento anal, eliminação de sangue ou muco nas fezes e alteração do hábito intestinal. Para a doença ser diagnosticada é realizada uma colonoscopia, exame que permite a visualização direta do interior do reto, cólon e parte do íleo terminal através de um tubo flexível introduzido pelo ânus, contendo em sua extremidade uma minicâmera de TV que transmite imagens coloridas, podendo ser fotografadas ou gravadas em vídeo. Segundo Cláudio Rolim Teixeira, membro da SOBED, a colonoscopia é fundamental para o diagnóstico dos pacientes. “O procedimento é o padrão ouro dos métodos que se dispõem atualmente, esse exame é a melhor ferramenta no diagnóstico, prevenção e tratamento do câncer colorretal”.  2º mais incidente - Câncer de estômago. Conhecido também como câncer gástrico, a doença apresenta três tipos: adenocarcinoma, linfoma e leiomiossarcoma. Os sinais não são específicos, mas alguns sintomas relativamente comuns podem ser indícios da doença, como dor abdominal, fezes escuras, sensação de estômago cheio, dificuldade para engolir alimentos, declínio geral na saúde, perda de apetite, náusea e vômito, vômito de sangue, fraqueza ou cansaço e perda de peso involuntária. Para o diagnóstico da doença, o método mais eficiente é a endoscopia digestiva alta, pois com o procedimento é possível fazer uma avaliação visual da lesão, com realização de biópsias e a avaliação citológica. Apesar de existir exames que detectam o câncer de estômago, grande parte dos casos somente são diagnosticados em estado avançado, quando a possibilidade de cura é menor. 3º mais comum - Câncer de esôfago. Na maioria dos casos, se trata de um câncer silencioso que está em 6º lugar das doenças mais frequentes em homens e ocupa a 15ª posição quando se trata de mulheres, de acordo com dados do Inca. Responsável por 96% dos casos, o tipo mais comum é o carcinoma epidermoide escamoso, localizado na região superior do esôfago, trecho do sistema digestivo que conduz o alimento da boca ao estômago. Na fase inicial não possui sintomas, entre os possíveis sinais, que consistem em indícios da doença já avançada, estão dor ao engolir, emagrecimento, tosse, pneumonia por refluxo e rouquidão. Para o diagnóstico é realizado uma endoscopia digestiva, exame de imagem que investiga o interior do tubo digestivo, realizando biópsias que confirmam diagnóstico. Segundo o endoscopista, Gustavo Andrade de Paulo, membro da SOBED, a importância está em realizar a endoscopia para o diagnóstico precoce. “A endoscopia digestiva deve ser realizada para o rastreamento porque se o paciente só fizer o exame quando estiver com sintomas, a doença já pode estar em um estágio avançado”.