mosquito Aedes aegypti

Governo do Estado promove mobilização contra o mosquito Aedes Aegypti

8 DEZ 2015 • POR • 18h53
O encontro organizado pela Secretaria de Estado da Saúde reuniu prefeitos, vices, secretários de Saúde, secretários e gerentes de saúde das regionais e outras pessoas ligados à área. “Precisamos nos unir e trabalhar com maior firmeza e dedicação. É uma questão de saúde pública. É uma responsabilidade de todos, mas cabe ao poder público agir de forma organizada, orientando e dando as condições de trabalho, e é exatamente o que estamos fazendo aqui. Nós vamos dar todas as condições para combater de forma efetiva, eficiente e proteger as pessoas. Estamos fazendo um forte apelo de integração, de prioridade. Precisamos de um trabalho conjunto e permanente para que possamos ser eficientes no combate à dengue”, disse o governador. O vice-governador destacou que a mobilização é extremamente necessária para que o Estado possa enfrentar e vencer esse desafio grave que o Brasil vivencia. “É necessária a união de todos. Já vencemos tantos desafios e vamos vencer mais esse. ”, afirmou Eduardo Pinho Moreira.  O secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinübing, explicou que a ideia é mobilizar todas as pessoas para avançar no combate ao mosquito, pois 80% dos focos estão nas casas. “Também estamos apresentando o fluxo de assistência para as grávidas e como vai funcionar o tratamento em Santa Catarina. Queremos dar o melhor atendimento possível. O importante é manter o Estado livre da circulação desse vírus e, para isso, é fundamental o controle do mosquito”, afirmou. O superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde, Fabio Gaudenzi de Farias, disse que entre as ações no estado está todo o suporte técnico de monitoramento nos municípios, com supervisões que a Secretaria da Saúde vai fazer em conjunto com as secretarias de Desenvolvimento Regional para apoiar os municípios na realização de ações de controle. Conforme a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), de 1º de janeiro a 1º de dezembro foram notificados 10.659 casos de dengue em Santa Catarina. Desses, 3.593 (34%) foram confirmados, 2.358 por critérios laboratoriais e 1.235 por clínico-epidemiológico; 6.178 foram descartados e 888 (8%) casos suspeitos estão em investigação.  Do total de casos confirmados, 3.274, ou seja, 91% são de transmissão dentro do estado; 260 (7%) são de transmissão de fora de Santa Catarina e 59 (2%) estão em investigação. Os casos confirmados até o momento dentro do estado tiveram como local provável de transmissão os municípios de Itajaí, Chapecó, Itapema, Joinville, Guaraciaba, São Miguel do Oeste, Balneário Camboriú, Bombinhas, Canoinhas, Cordilheira Alta, Corupá e Tubarão. Entre os com maiores incidências, destacam-se Itajaí, Itapema e Chapecó. Kleinübing informou ainda que os agentes de combate à endemia vão visitar as casas e que é importante que a sociedade receba os agentes e ouça as orientações para limpar os seus terrenos e eliminar os focos. “Tivemos um verão com um volume grande de casos de dengue e precisamos trabalhar para que os números sejam menores neste próximo verão”, disse. O prefeito de Chapecó, José Caramori, salientou que a mobilização é importante para evitar a proliferação. “É um mal que está assolando o país. Parabenizamos o trabalho que está sendo feito pelo Estado e somos parceiros. Só vamos vencer se todos lutarmos juntos, poder público e sociedade”. Saiba mais: O Aedes aegypti O mosquito transmissor do vírus da dengue, zika e chikungunya é o Aedes aegypti. Ele se caracteriza pelo tamanho pequeno, cor marrom médio e por nítida faixa curva branca de cada lado do toráx. Nas patas, apresenta listras brancas. Quais os hábitos dele? O Aedes Aegypti vive de 35 a 45 dias, alimenta-se, reproduz-se e põe ovos durante o dia. As fêmeas do mosquito picam as pessoas, pois precisam de sangue para amadurecerem os ovos. É nesse momento que pode ocorrer a transmissão das doenças, pois as fêmeas podem estar infectadas pelos vírus. Ciclo de Reprodução A fêmea deposita até 100 ovos nas paredes internas de recipientes que tenham ou que possam acumular água parada, onde podem durar até um ano e meio. Em contato com a água, os ovos desenvolvem-se rapidamente em larvas, que dão origem às pupas. Delas, surge o adulto num ciclo de, aproximadamente, 7 dias. Criadouros O Aedes Aegypti tem como criadouros os mais variados recipientes que possam acumular água parada, domiciliares e peridomiciliares. Os mais comuns são pneus sem uso, latas, garrafas, pratos dos vasos de plantas, caixas d’água descobertas, calhas, piscinas e vasos sanitários sem uso. A fêmea do mosquito pode, também, depositar seus ovos nas paredes internas de bebedouros de animais e em ralos desativados, lajes e em plantas como as bromélias. Orientação para evitar a proliferação do Aedes Aegypti: Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo Mantenha lixeiras tampadas Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana Mantenha ralos fechados e desentupidos Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana Retire a água acumulada em lajes Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito