Viajar de avião pode afetar a sua saúde
Se você sofre de rinite, sinusite, otite e outras “ites”, as mudanças repentinas na pressão atmosférica, tendem a piorar sintomas como enxaqueca, dor facial, orbital ou no sistema nervoso central e sangramentos.
Com as férias chegando, tudo o que mais se quer é fazer as malas e, no destino escolhido, relaxar. Mas, para quem pretende curtir o fim de ano viajando de avião, a folga pode se tornar um pesadelo. Isso porque, se você sofre de rinite, sinusite, otite e outras “ites”, as mudanças repentinas na pressão atmosférica, tendem a piorar sintomas como enxaqueca, dor facial, orbital ou no sistema nervoso central e sangramentos.
Dentro do avião, esses sintomas geram um quadro de desconforto e muita dor. Em alguns casos, após o pouso, é até necessário visitar o otorrinolaringologista para, com medicação, resolver o problema.
Isso se explica pelo fato de que, quanto mais alto o avião voa, menor a pressão, que é compensada com a pressurização das cabines. Porém, pacientes que têm doenças respiratórias, sejam elas crônicas ou não, sofrem com a constante subida e descida da aeronave. Nesses momentos, a pressão do ar dentro da cabeça aumenta e com as tubas auditivas e seios da face congestionados, ocorre um desiquilíbrio interno.
Por isso, não é recomendado viajar de avião quando os sintomas dessas doenças estão evidentes. Mas, como nem sempre é possível desmarcar esses compromissos, existem algumas atitudes que podem minimizar os impactos. É recomendado se manter bem hidratado para superar os efeitos de uma ventilação seca. Outra recomendação é deglutir ou bocejar. Nos momentos que mais alteram a pressão, a deglutição abre a tuba auditiva e evita dor e até mesmo a formação de uma otite.
Em situações extremas, é necessário fazer a manobra de Valsalva, ou seja, exalar forçadamente o ar através de uma pressão positiva, assoprando com o nariz e boca fechadas, aumentado a pressão nas tubas auditivas e colocando ar na orelha média. Em contrapartida, não é recomendado o uso de automedicação com descongestionantes nasais ou antialérgicos. Por causa de possíveis efeitos colaterais, esses remédios devem ser prescritos sempre pelo médico após avaliação individualizada.